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Orlandinho: ‘Foi um ano muito quebrado e difícil’

Aos 19 anos de idade, o gaúcho Orlando Luz fez em 2017 sua primeira temporada inteira como profissional e ela não poderia ser mais conturbada, com lesão nas costas, problema na perna, cirurgia nos olhos e para terminar dores no braço e ombro. Tudo isso fez com que o jovem tenista não conseguisse deslanchar.

Depois de começar o ano na 544ª colocação, o gaúcho de Carazinho foi pouco a pouco perdendo terreno e atualmente figura no 689º posto, seu pior ranking desde abril de 2015. Esta queda, somada à tentativa de mudança e também à questão financeira fizeram com que Orlandinho deixasse a equipe do Itamirim para voltar a trabalhar com o seu pai.

“Foi uma decisão que não foi repentina, mas também não fiquei muito tempo pensando. Entrou também uma questão financeira”, explicou o jogador de 19 anos em entrevista para o TenisBrasil, na qual ele fez um balanço sobre o ano que passou e contou um pouco do relacionamento com o pai e agora seu treinador de novo, também chamado Orlando Luz.

Veja como foi o bate-papo com Orlandinho:

Este ano foi complicado para você, com muitas lesões. Você lembra todos os problemas que teve?

Aconteceu muita coisa, no começo do ano teve o problema nas costas. Aí me recuperei, fui para a Europa e durante esse período machuquei a perna. Na volta eu fiz uma cirurgia nos olhos, que me deixou mais um mês e meio parado. Depois teve o braço e o ombro. Acabou sendo um ano muito quebrado e realmente foi difícil ter que ficar parando e voltando. Agora já estou saudável e espero jogar legal.

E como que foi colocar a cabeça no lugar para superar tudo isso? Rola um desânimo?

Desânimo acontece, é difícil. É um momento em que você fica pensando várias coisas, você quer estar treinando, quer estar jogando, mas não pode e não é uma coisa que não tem controle. Procurei ficar positivo o tempo todo e tentando me recuperar na fisioterapia para voltar o mais rápido.

Teve alguém de fora que te ajudou nessa hora? Alguma conversa que foi importante para você?

O apoio da minha família e da minha namorada foi muito importante nesta temporada, eles confiam em mim. O tempo todo falavam para eu ficar tranquilo e continuar trabalhando que tudo irá dar certo.

Neste ano pareceu que você teve momentos em que pareceu estar mais forte e em outros em que tenha dado uma afinada. Houve esta questão de achar a melhor preparação física ou foi algo que apenas ficou de impressão para quem está de fora?

Quando eu estava jogando em Campinas, vi várias pessoas comentando e falando que eu estava acima do peso, sendo que no momento estou mais magro do que quando era juvenil. O meu peso está menor e o porcentual de gordura está menor. No começo do ano eu realmente estava um pouco mais forte, acho que por causa do trabalho na pré-temporada, que foi longa. Demora um tempo para o corpo voltar ao normal de inchado. O Rio Open foi meu primeiro torneio do ano após sete semanas de pré-temporada.

Você trocou sua equipe de treinamentos e voltou a trabalhar com seu pai. Como foi o processo e quais os frutos deste novo trabalho?

Primeiro que é meu pai, ele vai sempre querer o melhor para mim e a gente já trabalhou junto. Foi uma decisão que não foi repentina, mas também não fiquei muito tempo pensando. Entrou também uma questão financeira. O trabalho tem pouco tempo e não dá para avaliar os frutos, mas o objetivo é ter um ano que vem melhor do que foi este. Estou feliz e está sendo legal trabalharmos juntos.

Quais os pontos positivos e negativos de ter o seu pai como técnico?

Primeiro é a questão financeira, já que você não está pagando um treinador. Negativo eu acho que esta questão de pai e filho pode entrar em quadra e a relação de jogador e técnico para fora. É uma coisa que precisa ser bem dosada para não extrapolar e acontecer brigas.

Já teve algum atrito entre vocês dois?

Nunca teve porque eu e meu pai sempre nos demos bem. Ele é fanático por tênis, gosta muito do esporte. Mesmo quando eu não treinava com ele, eu acordava e ele já estava com o chimarão dele na sala querendo falar de tênis. Quando chegava de volta em casa à noite ele também falava de tênis.

Sua família toda é ligada em tênis ou só o seu pai que é fanático pelo esporte?

Minha mãe não é ligada, mas aprendeu por causa do meu pai e por minha causa. Fora ele, não tem mais ninguém entende de tênis. Sua paixão surgiu meio que do nada. Ele morava do lado do clube e aí inventou de gostar do esporte e aí ficava pulando a cerca para poder jogar, pois não tinha dinheiro para pagar a mensalidade. Ele ia lá e furava a cerca para ir bater o paredão dele com a raquete de madeira que tinha. Aí era mandado embora, mas no outro dia ele cortava a cerca de novo e assim foi indo até construíram um muro e ele teve que fazer uma vaquinha para pagar o título do clube.

Depois dele, o mais perto que eu tenho é um tio que queria ser jogador de futebol e passou em vários testes quando era novo. Passou no Inter, no Grêmio e vários outros. Mas ele passava, ficava um mês, não tinha dinheiro para continuar e aí voltava. Um dia ele cansou daquela vida de ficar tentando e pediu para o meu pai ensiná-lo a jogar tênis e hoje é professor de tênis.

O quanto esse amor do seu pai pelo tênis influenciou sua decisão de virar tenista?

Totalmente. Foi ele que me levou para quadra e que me ensinou a jogar e me mostrou o que era o tênis. Eu saia da escola e ficava na quadra o dia inteiro. Foi passando de brincadeira para profissão.

Você recorda qual sua primeira lembrança envolvendo o tênis?

Lembro de eu brincando com a raquete. Botava ela na quadra e jogava um monte de saibro em cima para na hora que eu a tirasse da quadra ficasse o seu formado desenhado lá. Também me lembro de ficar pegando bola para o meu pai. E depois também lembro do meu primeiro torneio, que tinha cinco anos e ganhei. Jogava com as duas mãos dos dois lados porque não tinha força.

Quais as metas para 2018?

Na próxima temporada é começar jogando uns futures para tentar seguir melhorando e quem sabe mais na frente buscar uns challengers.

Felipe Priante – Tenis Brasil

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