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Diretor do Rio Open revela tentativa por Wawrinka e explica ausência de Nadal
Em 2018, o Rio Open volta à Cidade Maravilhosa, novamente trazendo grandes nomes do tênis mundial, como Dominic Thiem, campeão da última edição, Marin Cilic e Gael Monfils. Mas, para o torcedor mais exigente, fica a dúvida de como o torneio escolhe os jogadores que darão um peso maior à competição. O GloboEsporte.com conversou com o diretor Lui Carvalho, que admitiu a proximidade de acerto com o suíço Stan Wawrinka, ex-número 3 do mundo, e a volta de Rafael Nadal, ausente desde 2016, além da sondagem a outros tenistas renomados.
– Wawrinka foi o primeiro jogador que entramos em contato, ficamos perto de assinar com ele, mas teve a lesão no joelho e, por recomendações médicas, não aconteceu. O papo com o Del Potro foi reto. Ele não gosta de jogar no saibro, não quer jogar aqui. Sondamos Kyrgios, Zverev, Nadal de novo… mas eles não tiveram interesse. A grande maioria vai jogar Roterdã. Eles vão depois para Acapulco e fazem uma semana (de descanso) no meio – explicou Lui Carvalho.
Aliás, a principal ausência notada pelo público é mesmo o de Rafael Nadal. Afinal, o espanhol foi estrela do torneio das edições de 2014, 2015 e 2016, além de ter disputado a Olimpíada no Rio de Janeiro. Desde então, ele não retornou à cidade. Segundo o diretor do Rio Open, a escolha é do próprio tenista, atual número 1 do mundo, que não tem sentido mais a necessidade de atuar em pisos de saibro, como antigamente, e deu preferência aos torneios de quadra rápida. E também negou que o Touro Miúra tenha evitado voltar pela alta umidade.
– É uma questão de piso. Hoje ele joga em qualquer piso. Ele prefere ficar lá e ir para Acapulco, que fica perto de Cozumel, onde ele tem um hotel.
– Ele não precisa mais jogar no saibro, pode ganhar em qualquer tipo de piso. Nem chegamos a fazer a oferta. Foi um “não” direto. (…) Não acho que Miami é menos úmido (que o Rio), por exemplo. Em 2016, foi aquele ano que choveu muito, estava mais úmido que normal. Ele jogou todas as partidas à noite, se ele achou que é muito úmido, tem o direito de achar. Mas não acho que é uma desculpa, é mais o piso – afirmou Carvalho.
Aliás, o saibro é, muitas vezes, o maior empecilho para trazer nomes de peso como tem sido o próprio Nadal ou até mesmo sonhar em ter no elenco Novak Djokovic, Roger Federer ou Andy Murray, por exemplo, no Rio Open. Assim, Lui Carvalho que garante que continua levando à Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) a proposta de mudança do torneio para quadras rápidas. A intenção seria usar o Parque Olímpico, que conta com uma enorme estrutura e praticamente pronta para receber grandes eventos e que a troca aconteça já para 2019.
O problema, no entanto, não é tão simples quanto parece. No caso do Rio Open, para trocar o piso é necessário que os outros torneios da gira sul-americana também faças as trocas. Mas, a discussão segue em pauta e tem o ATP de Buenos Aires como outro braço forte na tratativa. São Paulo e Quito seriam outros torneios que acabariam afetados, adotando a mudança, caso aconteça. Além disso, há outras pautas correntes na entidade, como questões de premiação e pedidos de Madri, Roma e Xangai para aumentar o número de dias de disputas, de uma semana para 10 dias.
– A gente continua tentando. Existem várias ideias de mudança sendo discutidas na ATP e um desses assuntos é a mudança de piso para o Rio Open e a América do Sul. Não tem muita novidade. Nada foi votado em Londres, ainda não aconteceu. Não tem informação do que vai acontecer. São vários assuntos e estão tentando fazer com que tudo se encaixe. Para conseguir fazer eventos de 10 dias tem que tirar torneios do calendário, para mudar para quadra dura tem que fazer alguns ajustes. Não tem nada decidido, ainda está sendo discutido. O Conselho já está bem avançado, vamos ver. Para 2019, ainda é possível, mas ainda não sei. Estamos desde março de 2017 falando isso, e algum momento vai parecer que não estamos falando a verdade. Mas é um processo – disse.
E um último quebra-cabeça que Lui Carvalho ainda precisa resolver antes da competição é para quem irão os convites do Rio Open de 2018. Com os três brasileiros mais bem ranqueados (Rogério Dutra Silva, Thiago Monteiro e Thomaz Bellucci) fora do top 100, o diretor do torneio pode precisar optar apenas entre dois e deixar um para a disputa do qualifying. Isso porque são três convites possíveis, mas um é deixado para um jovem talento indicado pela IMG Academy, parceira do torneio.
– Já perdi uma ou duas noites de sono. A situação é clara, temos o número um, Rogerinho, o Monteiro, que fez a melhor campanha no ano passado, e o Thomaz que foi número 1 do Brasil por muito tempo. Vamos ver, tem que ver quem está melhor preparado, no melhor momento. Os três merecem, vai ser difícil. Vamos decidir ainda esse mês – garantiu.
O Rio Open 2018 será disputado no Jockey Club Brasileiro, na Gávea, entre os dias 19 e 25 de fevereiro. Há ingressos à venda, de R$ 30 a R$ 550, no site Tudus.com.br.
* João Victor Araripe escreve no blog Break Point, do GloboEsporte.com
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