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Bellucci exalta melhora do psicológico e sonha entrar no top 20 do ranking
Tenista número 1 do Brasil afirma que está bem mentalmente e quer entrar, pela primeira vez na carreira, no grupo dos 20 melhores do mundo: “Faltam alguns ajustes”
“Thomaz Bellucci tem tênis para ser top 20”. Essa frase é muito ouvida entre os especialistas na modalidade, sejam eles brasileiros ou estrangeiros. O número 1 do país ocupa atualmente a posição 40 do ranking mundial e vive uma boa fase. Conquistou recentemente o ATP de Genebra (Suíça) e conseguiu bons jogos contra Novak Djokovic, líder do ranking, e Kei Nishikori, 5º. Apesar dos bons resultados recentes, o tenista brasileiro explica o que ainda falta para alcançar a posição esperada pelos fãs do tênis:
– Sei que ainda faltam alguns ajustes. Eu acredito que esse ano venho chegando perto do nível que eu possa ser top 20. Para chegar no nível, tem que estar completo. Preciso me defender melhor, me mexer dentro de quadra, jogar melhor dentro de quadra. Mas estou no caminho certo – disse o tenista que, em 2010, alcançou a 21ª posição, mas não entra no top 30 há quatro anos.
Neste ano, Thomaz Bellucci fez quatro partidas contra tenistas do top 10 do ranking. No Aberto do Rio de Janeiro, não teve muitas chances contra Rafael Nadal, caiu em sets diretos (6/4 e 6/1). Mas, nas outras três partidas, o brasileiro conseguiu jogar de forma parelha. No Aberto da Austrália, saiu na frente, mas sofreu a virada diante de David Ferrer (3 a 1, parciais de 6/7, 6/2, 6/0 e 6/3). Em Roland Garros, conseguiu um jogo constante, apesar da derrota, contra o número 5 Kei Nishikori: 3 a 0, parciais de 7/5, 6/4 e 6/4. Mas, a partida que o brasileiro teve mais chances foi contra Novak Djokovic, número 1 do mundo, no Masters de Roma. Bellucci venceu o primeiro set por 7/5, mas caiu nas demais parciais por 6/2 e 6/3.
– Eles são muito consistentes. Dificilmente jogadores como esses te dão chances. Eles não erram muito. Não é que “do nada” eles começam a jogar e viram a partida. O que acontece é que você acaba cometendo um ou outro erro, e dá chance para um jogador sólido passar na frente. Eles são muito sólidos. Não dão chances, não erram duas ou três bolas consecutivas. Essa é a grande diferença – disse.
O tenista número 40 do mundo tem, na carreira, algumas derrotas em que a parte mental fez muita diferença, principalmente entre 2013 e 2014, quando não vivia uma boa fase do Circuito Mundial. Seguindo um trabalho psicológico há dois anos, Bellucci afirma que a cabeça não é mais um problema:
– A minha parte mental tem evoluído. Consegui manter um nível de concentração alto nesses jogos deste ano. Contra o Djokovic, foi ele que me venceu, não eu que baixei o meu nível. Minha parte mental está boa, consegui administrar bem o momento de pressão, que são os momentos cruciais. A parte mental evoluiu sim – disse.
O calendário do tenista já está pronto. No fim da próxima semana, Thomaz embarca para a Inglaterra, onde disputa o ATP de Nottingham e o tradicional torneio de Wimbledon, terceiro Grand Slam do ano. Depois, irá mesclar torneios no saibro e em quadra rápida. Jogará em Gstaad (Suíça) e Bastad (Suécia) no piso de terra batida, depois participa do ATP de Washington (EUA) e dos Masters de Montreal (Canadá) e Cincinnati (EUA). Aí, será disputado o US Open e a repescagem da Copa Davis, em que o Brasil ainda não tem o adversário definido.
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