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André Sá anuncia aposentadoria após gira sul-americana de 2018
Aos 40 anos e após 22 de circuito, 30 finais e 11 títulos, o tenista André Sá anunciou nesta sexta-feira que irá encerrar a carreira após a gira sul-americana de 2018.
Um dos ícones do tênis no Brasil e fora do país, Sá disputará na próxima semana o ATP 250 de Quito, no Equador, e receberá homenagens em suas duas últimas competições da carreira, ambas no Brasil no Rio Open, ATP 500 jogado no Rio de Janeiro, a partir de 19 de fevereiro, e o Brasil Open, em São Paulo, a partir do dia 26 e onde defende título conquistado no ano passado.
Nascido em Belo Horizonte (MG) e radicado em Blumenau (SC) desde 2003, Sá seguirá ligado ao tênis e permanece como treinador de Thomaz Bellucci para o restante da temporada.
Sá jogará as três competições finais da carreira ao lado de Thomaz Bellucci com o qual segue e seguirá como treinador para o restante da temporada 2018.
“Tomei a decisão no começo de janeiro. Por varias razões, mas essa oportunidade com o Bellucci ajudou. Foi bem difícil essa decisão, levou alguns meses, somente depois do US Open que realmente comecei a pensar em parar. Sentia que era a hora certa de parar”, disse Sá que como duplista conquistou onze títulos em 30 finais e alcançou, em 2009, o 17º lugar do ranking.
O mineiro fez semifinal em Wimbledon ao lado do atual líder do ranking na categoria, Marcelo Melo, em campanha onde os dois venceram o jogo de maior número de games e duração das duplas no evento com 28/26 no quinto set contra o australiano Paul Hanley e o zimbabuano Kevin Ullyett, e ainda alcançou as quartas de final do US Open em 2016 e 2007.
“Só espero uma última boa apresentação em casa junto da minha família nesses torneios e querendo ganhar também, sem dúvida serão semanas diferentes e emocionantes para mim”, ressaltou.
Considerado o mentor da geração atual de sucesso de duplas com Marcelo Melo, Bruno Soares e Marcelo Demoliner, Sá é o tenista brasileiro com maior participação em Jogos Olímpicos com quatro disputadas – Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016, onde derrotou a dupla de Andy Murray com Jamie Murray, entre os primeiros na época nos ranking de simples e duplas. Nas duas últimas Olimpíadas, ainda atuou com o atual pupilo, Bellucci.
Sá ainda foi medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999. Teve mais de 100 parceiros na carreira e disputou 18 confrontos de Copa Davis, tanto em simples como nas duplas, ao lado de nomes como Gustavo Kuerten. Somou em toda a carreira de duplas 290 vitórias e 304 derrotas.
Em simples, André também teve uma carreira vitoriosa. Fez quartas de final em Wimbledon em 2002, aintgindo o 55º lugar no ranking em agosto daquele ano. Esteve por quatro temporadas entre os 100 melhores do mundo e jogou contra quatro das melhores gerações do tênis como Pete Sampras e Andre Agassi; Guga,Marat Safin e Lleyton Hewitt; Roger Federer e Rafael Nadal; Novak Djokovic e Andy Murray.
Por seus resultados em Wimbledon em simples e duplas, Sá é um dos poucos brasileiros que tem passe livre no torneio mais tradicional do tênis, o chamado Final 8 Club onde é convidado do torneio e pode levar um acompanhante para o restante da vida. O torneio e o clube são os mais restritos e seletos do mundo do tênis.
“Avalio minha carreira como de successo. Longevidade nunca é fácil, não é? Depende de muita de disciplina e comprometimento. Pontos altos foram Wimbledon, medalha de ouro no Pan 99, representar o Brasil na Copa Davis e o tanto de amizades que fiz nesses 22 anos de carreira. Ficou faltando mesmo um título de Grand Slam, esse era o objetivo principalmente quando comecei a jogar duplas”, avaliou.
Sá sempre foi muito ativo nos bastidores do tênis e participou por três vezes do Conselho de Jogadores da ATP, totalizando seis anos, dois deles com Roger Federer como presidente, e ficou quatro anos na presidência da Comissão de Atletas da Confederação Brasileira de Tênis.
“Tênis representa tudo, uma paixão que me deu caminho para varias realizações, conheci minha esposa, o mundo e principalmente eu mesmo. Eu amo tênis e nunca vou parar de jogar, estou parando de competir, mas parar de jogar só quando bater as botas (risos)”, brincou.
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